quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Dores da Alma

O que arde em meu peito,
Semelhante saudade,
Tal  dor refletida,
No espelho da alma?

O que traz aos meus olhos,
Esta lágrima solitária,
E dentro do peito,
O soluço contido?

Por que esta vontade,
De me por deitada,
Deixando que a vida,
Flua sozinha e eu quietinha?

Por que o abraço, mesmo apertado,
Não traz o alívio,
Há tanto esperado?

Porque a solidão, tal qual uma prisão,
Me deixa distante,
Me traz  isolada,
Me faz  abalada?

Por que esta angústia,
De que nem porque,
Que arrasta meu corpo,
Tal qual um boneco,
De Alma sem eco?

O verso sem rima,
Sem cor ou alegria,
Será companhia prá  alma vazia?

O choro contido,
Será convertido em riso,
Sorriso,
Levando prá sempre,
A tristeza presente?

Aqui estou eu, boneco sem eco,
Pedindo... implorando,
A Deus, meu amigo,
Que traga a calma,
A paz e alívio
Às dores da Alma.

Irani Martins Ferreira da Silva
15 de agosto de 2012.